Nas ondas da Rádio Nacional

Créditos da Matéria: Notícias do Portal das Rádios MEC
www.radiomec.com.br/noticias/090629_radionacional.asp
Publicado em 29 de junho de 2009
Transcrito na Integra

Um pouco da história

A Rádio Nacional se tornou líder de audiência desde a sua fundação. Manteve-se no topo até o aparecimento da TV, que passou a controlar os novos rumos da comunicação. Ainda no ano de sua estreia, a rádio levou ao ar as primeiras cenas de radioteatro intercaladas com números musicais. Em 1938, foi criada a Voz do Brasil.
Já no ano de 1941, a Rádio Nacional estreou a primeira radionovela do país, chamada "Em busca da Felicidade". Em 42, inaugurou a primeira emissora de ondas curtas, o que deu a ela um novo status, elevando os programas a uma dimensão nacional. Ficou conhecida como "A escola do Rádio", o que por si só dá o tamanho de sua importância histórica.
A rádio também “fabricava” programas de humor como: “Balança mas não cai” com Paulo Gracindo, Brandão Filho, Walter D’Ávila, entre outros. Sem contar o “PRK-30”, que simulava uma emissora clandestina que invadia a freqüência da Rádio Nacional e parodiava outros programas - até mesmo da própria rádio - além de propagandas, cantores e músicas.
A Nacional foi pioneira, ainda, no radiojornalismo. Em 1941, durante a II Guerra Mundial, criou o Repórter Esso. Ele foi elaborado para noticiar a guerra sob a visão dos aliados e acabou criando um padrão inédito de qualidade no radiojornalismo brasileiro que, até então, limitava-se a ler no ar as notícias dos jornais impressos.
O Repórter Esso estreou um modo austero e preciso de noticiar, servindo de modelo para outros inúmeros programas de notícias que se seguiram, até mesmo na televisão. Ficou no ar até 1968 com o slogan: “testemunha ocular da história".

Casos e lembranças

A credibilidade do noticiário era tão grande que enquanto o Repórter Esso não deu a notícia do fim da guerra, o público não acreditou. Segundo relatos de funcionários antigos um jornal até publicou: “A guerra só acabou depois que o Repórter Esso noticiou”.
Conta-se que, quando Getúlio Vargas morreu, Vitor Costa (então diretor da rádio) copiou a carta testamento e a levou para ser lida em primeira mão por Eron Domingues, o locutor que deu voz ao jornal. Só depois desse fato é que, com as informações corretas sobre suicídio de Getúlio, dadas pelo Repórter Esso, a população foi para as ruas.
A radialista Dayse Lúcidi, que mantém há 38 anos no ar seu programa diário “Alô Dayse”, comenta sobre o profissionalismo da Rádio Nacional. “Constantemente Leonei Mesquita, diretor de jornalismo da rádio nos anos 60, alertava repórteres e locutores: “se vocês derem que morreu alguém, essa pessoa vai ter que morrer mesmo”.
De 1930 até o final de 1950, o rádio possuía um enorme "glamour" no Brasil. Ser artista ou cantor de rádio era um desejo acalentado por milhares de pessoas, especialmente os jovens. Pertencer ao "cast" de uma grande emissora como a Rádio Nacional era suficiente para que o artista conseguisse fazer sucesso em todo o país e obtivesse grande destaque e prestígio.
Em suas publicações, o jornalista José Ramos Tinhorão, um dos maiores pesquisadores da música popular brasileira, comenta: “A Rádio Nacional não era só vitrolão. Existiam os programas ao vivo com os cantores, como o programa de Francisco Alves aos domingos. Havia orquestras diferentes para quatro maestros diferentes. Era o maior quadro de músicos contratados do Brasil. Você tinha uma orquestra sobre a regência do maestro Lazoli, outra sobre a regência dos dois irmãos Gnattali. Era uma coisa fantástica, uma experiência única e irreproduzível”.
Um dos mais antigos funcionários da Rádio Nacional é Djalma de Castro. Ele continua trabalhando e busca na memória fatos inesquecíveis. Por exemplo, conta que Roberto Carlos andava pelos corredores da rádio esperando uma oportunidade para cantar em algum dos programas da rádio, até que foi chamado por César de Alencar. A partir de então, passou a se apresentar frequentemente no programa de Carlos Imperial, seu amigo e conterrâneo.

Grandes Cientistas

Charles Coulomb

Créditos da matéria:Charles Coulomb. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010.
Disponível em www.infopedia.pt/$charles-coulomb

Físico francês, Charles Augustin de Coulomb, nascido em 1736 e falecido em 1806, ficou célebre pelas suas descobertas nos campos da eletricidade e do magnetismo. Coulomb, utilizando a balança de torção que ele próprio inventou, confirmou experimentalmente a hipótese de Priestley, segundo a qual a força de interação entre duas cargas elétricas é inversamente proporcional ao quadrado das suas distâncias. Como não existia qualquer método para medir a quantidade de carga de um objeto, Coulomb, utilizando uma técnica engenhosa, baseada no princípio de simetria, comparou os efeitos produzidos pelas diferentes quantidades de carga, conseguindo, assim, demonstrar que o módulo da força elétrica depende do valor absoluto das cargas.
Coulomb estabeleceu, também, as leis quantitativas que regem as interações entre pólos magnéticos, leis formalmente idênticas às leis quantitativas da eletrostática. Apesar do paralelismo destas leis, o eletromagnetismo e a eletricidade existiam como ciências separadas. Só com Oersted, em 1820, é que elas se fundiram numa nova ciência - o eletromagnetismo. Em sua honra, a unidade de carga elétrica chama-se coulomb.
As contribuições de Coulomb nos campos da eletricidade e do magnetismo fizeram com que estas áreas fossem consideradas como fazendo parte das ciências exatas e não da filosofia, como acontecia até aí.

O Brasil conhece o Senado por Ondas Curtas

Créditos da Matéria: Equipe Interlegis - www.interlegis.gov.br
Transcrito na íntegra

Em um receptor de ondas curtas, basta selecionar a faixa de 49 metros e sintonizar a freqüência de 5.990 kHz. Pronto, você já está em contato com uma das maiores emissoras em ondas curtas do país: a Rádio Senado Ondas Curtas. De 7h às 22h, a rádio oferece informação de forma popular, mas sem perder a qualidade de conteúdo.Em operação desde 2001, a versão em Ondas Curtas da Rádio Senado oferece uma programação diferente da sua matriz. Devido à falta de infra-estrutura de comunicação, a transmissão em ondas curtas é, em muitos casos, a única forma de comunicação via rádio nas regiões Norte e Nordeste. Popular sem ser populista, a Rádio Senado Ondas Curtas leva, a áreas carentes de informação, educação, interação e cidadania.A programação foi se adaptando ao longo dos anos a um público-alvo específico: a rádio amplifica o diálogo entre o Senado Federal e as regiões afastadas das áreas urbanas do país, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Primeiro, mudou a linguagem: saiu a formalidade, entrou a didática e a simplicidade. As sessões e as comissões do Senado são detalhadas e explicadas de maneira fácil, direcionados à população de menor nível cultural e sócio-econômico. Depois, mudaram as formas de interação. O contato com os ouvintes é direto, e pauta alguns temas abordados nos programas. "Buscamos interagir muito com os ouvintes, os estimulamos a escrever, dar opiniões, se manifestar de qualquer forma", afirma a coordenadora e apresentadora da rádio, Sandra Mattos.Segundo a coordenadora, o número de ligações direcionadas à rádio Ondas Curtas, através do Alô Senado é de, aproximadamente, 120 por dia. As cartas também são muito freqüentes. Extensas em elogios e declarações à produção do programa, elas detalham a vida dos remetentes e demonstram a importância que a rádio possui em suas vidas.A rádio divulga, além dos trabalhos legislativos, informações de direito (através do quadro "Fique Por Dentro da Lei"), técnicas agrícolas ("Viver da Terra") e saúde ("Pergunte ao Doutor"). Em todos, o formato é similar: a partir de questões enviadas pelos ouvintes, ou elaboradas a partir das mesmas, a rádio esclarece dúvidas com um especialista nos temas abordados.Essa interação provoca, inclusive, uma aproximação entre os próprios ouvintes. O quadro "Balcão de Sementes" é a maior prova disso. Ao perceber o grande interesse do público pela troca de sementes de plantas diversas, o apresentador José Carlos Sigmaringa, o "Sigue", instituiu o quadro, que promove justamente o intercâmbio de sementes entre os ouvintes. Interessados na semente de baru - sucesso no interior do Pará -, por exemplo, procuravam a rádio, que compartilhava a demanda em sua programação, e retransmitia as sementes enviadas à sede da rádio. O "Balcão" volta ao ar em breve, após negociações com os Correios sobre o tipo de envelope a ser utilizado no envio das sementes.E, é claro, a rádio também oferece uma vasta e eclética programação musical - exclusivamente nacional. "Além de tocar o que os ouvintes pedem, procuramos tocar novos artistas, mostrando a variedade da música brasileira, de todas as regiões do país", explica Sandra Mattos.

DRM (Digital Radio Mondiale)-Um breve histórico








Créditos da materia: Takashi Tome (1)-Transcrito na íntegra

Paris, setembro de 1996. Um grupo de emissoras se reúne para discutir, entre outras coisas, as perspectivas de seu futuro. Estão presentes as rádios Voice of America (VOA), a Deutsche Welle, a Radio France Internationale e a Téle Diffusion de France (TDF), além da fabricante Thomcast. Essas emissoras têm um ponto em comum: são emissoras "internacionais", ou seja, transmitem a sua programação, em ondas curtas, com alcance mundial.Essas emissoras surgiram entre as duas guerras mundiais (1919-1945) e tiveram, durante muito tempo, um importante papel de levar suas culturas (e suas ideologias) aos quatro cantos do mundo. No Brasil, durante o auge da repressão à imprensa na década de 70 (e portanto antes do surgimento da Internet), essas emissoras eram uma das poucas alternativas para os nossos ouvintes terem uma versão não censurada das notícias. Do ponto de vista técnico, isso era possível porque as ondas curtas (OC - faixa de freqüências de 300 kHz a 3 MHz) possuem um alcance muito grande, embora um tanto quanto instável pelos padrões atuais de comunicação.Uma outra faixa de freqüências bastante utilizada é as ondas médias (OM, que abrange a faixa de 30 a 300 kHz, embora seja utilizada para a radiodifusão apenas na faixa de 540 a 1600 kHz), possuindo um alcance bem menor - geralmente, de algumas dezenas de quilômetros no caso de ondas de propagação direta, e de algumas centenas no caso de ondas troposféricas, que se refletem na atmosfera.Uma preocupação que as une é que elas empregam uma técnica de transmissão que remonta ao início do século XX. E se questionam se as novas técnicas digitais não poderiam tornar suas transmissões mais eficientes, agregando novas funcionalidades, para fazer face ao avanço da Internet e de outras mídias que estão ameaçando a "velha rádio OM/OC" cair no desuso.Um novo encontro é marcado para dali a dois meses. Esse último acaba contando com um maior número de participantes, e são definidos alguns rumos essenciais: o grupo investiria na criação de um sistema de rádio digital para as faixas de ondas médias e curtas, e o nome adotado foi o DRM - Digital Radio Mondiale.A partir daí, começam a ocorrer uma série de reuniões técnicas: Las Vegas (Estados Unidos, 1997), Berlim (Alemanha, 1997), Guangzhou (China, 1998), Amsterdam (Holanda, 1998). Em 2001, é publicada a primeira especificação do sistema. Essa especificação foi ratificada pela UIT no ano seguinte (2002). Em 2003, a Deutsche Welle, a Radio Netherlands, a Radio France Internationale e a Radio Sweden iniciam suas transmissões experimentais.


(1)Takashi Tome é pesquisador em telecomunicações e trabalha na Fundação CPqD. É membro do SinTPq e FITTEL. Eventuais erros e omissões, bem como qualquer posicionamento expresso neste artigo refletem apenas a posição pessoal do autor. O autor gostaria de agradecer aos colegas Renato Maroja (CPqD) e Fernando Castro (PUC/RS), pelas valiosas discussões sobre espectro e modulação digital.

Dicas
Qual a importância do aterramento
Qual é a diferença entre o terra e o neutro, já que ambos possuem potencial zero? O fio neutro pode ficar “sujo” devido a fugas apresentadas pelos equipamentos elétricos presente na rede interna. Por exemplo, ele vem da rua com potencial zero, mas, devido aos equipamentos que existem em sua rede interna, houve uma fuga (que é normal) e o neutro passou a ter um potencial ligeiramente maior, digamos 3 Volts. Se comparado com o fio fase, então, a diferença de potencial baixou, nesse caso, 3 Volts. Mas, como os equipamentos elétricos normalmente possuem uma tolerância alta, essa queda na tensão não alterará funcionamento deles (a tensão baixou de 127 V para 124 Volts neste caso, o que fará com que os equipamentos continuem funcionando normalmente). Como a terra é uma fonte inesgotável de elétrons, o seu potencial é inalterável. Caso algum equipamento tente "sujar" o terra (como ocorre com o neutro), o excesso de tensão é encaminhado para a terra, mantendo o potencial elétrico sempre em zero. Um bom aterramento é conseguido enterrando-se uma haste metálica a dois metros de profundidade, no solo (por isso o nome Terra), e ligando-se o fio TERRA nela. Esse aterramento serve para qualquer aparelho elétrico.