Ondas Curtas, quem ouve?


Deu tanta repercussão a entrevista que fiz com o jornalista Célio Romais (que aliás só virou jornalista porque era um dexista apaixonado) sobre Ondas Curtas, no jornal Agora, que reproduzo aqui (na íntegra) para quem não leu.1) O que são ondas curtas?São faixas de radiodifusão, assim como o AM e o FM. Elas têm características especiais de propagação e, por isso, são utilizadas para emissão a longa distância. As freqüências de ondas curtas são disponibilizadas nos receptores em faixas de metros. Então, temos os 13, 16, 19, 25, 31, 49 e outras faixas. Geralmente, em aparelhos analógicos, elas são indicadas no dial por "OC" ou "SW", que é a abreviação de short wave. Uma freqüência de 9575 kHz, por exemplo, está inserida na faixa de 31 metros. Num receptor digital, basta apenas digitá-la para captar a emissora. 2) Qual a diferença das outras ondas?Uma emissora de ondas curtas é captada no mundo inteiro. Dependendo de sua potência, pode ser ouvida nas Américas, África e Europa. Ela não precisa de concessão do governo, por exemplo, da Nigéria, para ser ouvida naquele país, o que é exigido em AM. O sinal de FM é limpo, mas limitado, pois vai em sentido reto, diferente das ondas curtas, que bate na ionosfera e retorna, viajando milhares de quilômetros. Então, fica mais fácil usar ondas curtas, que atingem diversos países, de um modo simples e ágil. 3) Como sintonizar ondas curtas?O primeiro passo é adquirir um bom receptor. Geralmente as lojas de galerias de grandes cidades têm receptores dos mais simples aos de ponta. O ideal seria adquirir um digital. Um excelente receptor custa em torno de setecentos reais. Mas existem os mais simples, que são encontrados por 150 reais. Além da antena telescópica, os radioescutas usam antena externa. Alguns receptores são vendidos com uma antena de carretel, de 5 metros, que melhoram os sinais das ondas curtas. Com o tempo, o radioescuta iniciante passa a conhecer outras maneiras de melhorar a recepção, principalmente na parte técnica, com a montagem de antenas e filtros para ruídos.4) Qual o melhor horário para ouvir ondas curtas?Depende da faixa. Algumas são ouvidas muito bem pela manhã. Outras à tarde e praticamente grande parte delas à noite. A faixa de 13 metros tem excelente propagação durante todo o dia, enquanto que 25 metros alcança grandes distâncias à noite.5) Quais as dificuldades para se ouvir ondas curtas?Na minha opinião, são as interferências externas, vindas de outros aparelhos: televisão, lâmpadas fluorescentes e computadores. O ideal seria residir em casa, com espaço para montar uma boa antena e, se possível, longe das interferências. Quem reside em apartamento, como é meu caso, deve esticar um fio de cobre na janela.6) Quem escuta ondas curtas?Milhares de pessoas. Em alguns países, 75% da população têm receptores com faixas de ondas curtas, como é o caso da França e Hungria. Sem falar nos países do Terceiro Mundo, como o Brasil. Qual a emissora que pode ser sintonizada no interior do Amazonas ou Pará? Uma de ondas curtas. Emissoras como a Aparecida e Bandeirantes são muito captadas em pequenas cidades da própria Região Sudeste. Afora isso, existe um grupo de pessoas que escutam ondas curtas por hobby. São os dexistas. Vem da sigla DX: "D", de distância e "X", de desconhecido. Um ouvinte de ondas curtas pode chegar facilmente a ser um dexista. O dexista é aquele que não se contenta apenas em ouvir um bom programa. Ele usa meios técnicos e usa cálculos de propagação para ouvir uma estação das Ilhas Salomão e Papua Nova Guiné. Por exemplo, a emissora de Honiara, capital das Ilhas Salomão, pode ser ouvida, no Brasil, no nosso inverno. É que haverá um caminho noturno entre os dois países lá é noite e aqui é manhã. Então, sem a presença do sol há a propagação. O objetivo do dexista é ganhar uma confirmação das emissoras. Ele manda um relatório com dados técnicos e recebe da emissora um cartão, chamado de QSL, que é a confirmação. É o seu troféu. Os dexistas e radioescutas são muito bem informados sobre tudo o que se passa no mundo. Os clubes de dexistas são muito organizados. No Brasil, temos o DX Clube do Brasil, que conta com excelentes publicações. 7) O que a programação apresentada em emissoras de ondas curtas oferece?De tudo, desde filatelia até músicas de países completamente desconhecidos do planeta. A Rádio Havana Cuba transmite informações sobre a política mundial, na visão de Fidel Castro. O mesmo ocorre com a Rádio Internacional da China. As duas emitem em língua portuguesa. A Rádio Romênia transmite excelentes programas, também em português, sobre a história, cultura, folclore e cotidiano daquele país. As grandes emissoras sempre noticiam tudo o que ocorre no mundo. É o caso da BBC, Voz da América, Rádio França, entre outras. Também temos o cotidiano de países como Equador, Peru, Bolívia e do próprio Brasil. Um programa chamado Mundo Solidário, levado ao ar pela Rádio Exterior da Espanha deveria ser ouvido por todos. Ele apresenta informações de organizações humanitárias que lutam por um mundo melhor nos piores lugares do mundo. Na minha opinião, as ondas curtas são mais uma fonte de informação, diferente das que temos: rádios locais, jornais e televisões. Tais veículos, muitas vezes, apresentam uma notícia que teve como fonte ou intermediário os Estados Unidos. Então, nada melhor do que ouvir uma rádio direta da fonte, de países como o Irã e China. A palavra "jihad" é traduzida no Ocidente como "guerra santa", mas de acordo com o ensinamento islâmico significa "esforço" ou "empenho". Eis a diferença. 8) Quais os programas que você indicaria para o novo ouvinte de ondas curtas?O Mundo Solidário, da Rádio Exterior de Espanha, é apresentado, todos os dias às 23h, em 9620 e 15190 kHz. Para saber mais das ondas curtas, indico o Altas Ondas, irradiado nas sextas e sábado às 13h, pela Rádio Voz Cristã, em 21500 kHz. Há, também, o DX HCJB, pela Voz dos Andes, nos sábados às 22h, em 11920 e 12020 kHz. Eu colaboro com os dois programas, enviando notícias. Ou, indico simplesmente ligar o rádio em ondas curtas e descortinar um novo universo a ser explorado.

50 anos da Rádio Nacional


Créditos da matéria: www.radiobras.gov.br
Amanhã 31de maio de 2008 a Rádio Nacional faz 50 anos.
A Rádio Nacional faz história. Emissora tradicional, popular e jornalística, está desde 1958 integrando o País pela informação, pela boa música e veiculação de utilidade pública
A programação jornalística da Rádio Nacional contempla assuntos de interesse do cidadão, respeitando a diversidade do povo brasileiro. Os noticiários locais tratam de temas relevantes para a comunidade do Distrito Federal e Entorno. Muitos assuntos são sugeridos pelo ouvinte. Aqui, o jornalismo tem foco no interesse público. Os programas da emissora trazem entrevistas e reportagens focadas nos acontecimentos importantes do Brasil e do mundo.
toda a programação, a Rádio Nacional divulga fatos relevantes e de interesse do cidadão. Leva a informação útil para o dia-a-dia da comunidade. Ajuda o ouvinte a compreender melhor a realidade que o cerca. Muito mais do que informações sobre trânsito, tempo e temperatura, as de utilidade pública tem caráter educativo e função social: informa, alerta, orienta e estimula o ouvinte a exercer seus direitos e deveres de cidadão.A Rádio Nacional leva a informação de qualidade para uma vida melhor.
Na Rádio Nacional, a cultura e a arte são notícia. A educação para a arte e a arte na educação. Estilos e ritmos musicais. Agenda cultural e entrevistas com artistas nacionais e populares. Toda a diversidade e a riqueza da cultura nacional. O Brasil e suas expressões nas ondas do rádio.
Na Rádio Nacional, a cultura e a arte são notícia. A educação para a arte e a arte na educação. Estilos e ritmos musicais. Agenda cultural e entrevistas com artistas nacionais e populares. Toda a diversidade e a riqueza da cultura nacional. O Brasil e suas expressões nas ondas do rádio.
A Rádio Nacional pode ser ouvida em OC nas faixas de 25 mts em 11780KHZ e na faixa de 49 mts em 6180 KHZ, na faixa de FM em 96,1 MHZ, em AM 980 KHZ. Podendo ser ouvida também na Internet através do Link: http://www.radiobras.gov.br/radioslivres/nacional-rj.m3u

O rádio no cotidiano brasileiro


Créditos da matéria:Adaptação do texto original: A PARTICIPAÇÃO DO RÁDIO NO COTIDIANO DA SOCIEDADE BRASILEIRA (1923-1960) de Lia Calabre

O rádio fez sua primeira aparição pública e oficial no Brasil, em 1922, na Exposição Nacional, preparada para os festejos do Centenário de Independência Brasileira, entre os anos 20 e os 60 do século XX o rádio foi o principal veículo de comunicação de massa do Brasil.
Ainda em 1932, no mês de maio, o rádio dava amostras de sua capacidade de mobilização política. A cidade de São Paulo exigia a deposição do então Presidente Getúlio Vargas, as rádios paulistas, em especial a rádio Record se transformavam em poderosas armas. Em julho, teve início o movimento que ficou conhecido como a Revolução Constitucionalista, que tinha como principal exigência a convocação de eleições para a formação de uma Assembléia Constituinte: o país necessitava de uma nova Constituição. A cidade logo foi cercada pelas forças federais, isolada, utilizou as emissoras de rádio para divulgar os acontecimentos a outras partes do país. Em outubro São Paulo entregava as armas. O rádio saiu do conflito revigorado por sua destacada atuação.
Os aparelhos de rádio dos anos 40 e 50 ainda eram relativamente grandes, as famílias brasileiras mantinham o hábito de se reunirem para jantar, ouvir o rádio e conversarem sobre as notícias do dia. A proximidade entre os índices de energia elétrica e de aparelhos de rádio, nos permitem afirmar que ocorreu um processo de popularização do rádio, fazendo dele quase que uma presença obrigatória nos lares brasileiros, é o que nos mostra o recenseamento do IBGE –VII de 1960.
Nos domicílios visitados - 38,54% do total com energia elétrica e 35,38% do total com aparelhos de rádio. Um outro indicador da popularização, ou até mesmo da banalização da presença do rádio nos grandes centros urbanos, é o de que em uma pesquisa do IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública) de 1960), sobre o potencial efetivo dos mercados carioca e paulista para as utilidades domésticas o rádio simplesmente foi excluído.

Os relés na prática


Créditos da matéria: www.metaltex.com.br

O que determina a utilização de um relé numa aplicação prática são suas características. O entendimento dessas características é fundamental para a escolha do tipo ideal. A bobina de um relé é enrolada com um fio esmaltado cuja espessura e número de voltas são determinados pelas condições em que se deseja fazer sua energização. A intensidade do campo magnético produzido e, portanto, a força com que a armadura é atraída depende tanto da intensidade da corrente que circula pela bobina como do número de voltas que ela contém. Por outro lado, a espessura do fio e a quantidade de voltas determinam o comprimento do enrolamento, o qual é função tanto da corrente como da tensão que deve ser aplicada ao relé para sua energização, o que no fundo é a resistência do componente. Todos estes fatores entrelaçados determinam o modo como a bobina de cada tipo de relé é enrolada. De um modo geral podemos dizer que nos tipos sensíveis, que operam com baixas correntes, são enroladas milhares ou mesmo dezenas de milhares de voltas de fios esmaltados extremamente finos, alguns até mesmo mais finos que um fio de cabelo!
As armaduras dos relés devem ser construídas com materiais que possam ser atraídos pelos campos magnéticos gerados, ou seja, devem ser de materiais ferromagnéticos e montadas sobre um sistema de articulação que permita sua movimentação fácil, e retorno à posição inicial quando o campo desaparece. Peças flexíveis de metal, molas ou articulações são alguns dos recursos que são usados na montagem das armaduras.
A corrente máxima que os relés podem controlar depende da maneira como são construídos os contatos. Além disso existe o problema do faiscamento que ocorre durante a abertura e fechamento dos contatos de relé, principalmente no controle de determinado tipo de carga (indutivas). O material usado deve então ser resistente, apresentar boa capacidade de condução de corrente e, além disso, ter um formato próprio, dependendo da aplicação a que se destina o relé. Dentre os materiais usados para a fabricação dos contatos podemos citar o cobre, a prata e o tungstênio. A prata evita a ação de queima provocada pelas faíscas, enquanto os contatos de tungstênio evitam a oxidação. O número de contatos e sua disposição vai depender das aplicações a que se destinam os relés. Temos então diversas possibilidades:

- Contatos NA ou Normalmente Abertos

Os relés são dotados de contatos do tipo normalmente abertos, quando estes permanecem desligados até o momento em que o relé seja energizado. Quando o relé é energizado, os contatos fecham, e com isso pode circular corrente pelo circuito externo.

- Contatos NF ou Normalmente Fechados

Estes relés apresentam um ou mais contatos que estão fechados, permitindo a circulação pela carga externa, quando a bobina estiver desenergizada. Quando a bobina é percorrida por uma corrente, o relé abre seus contatos, interrompendo a circulação de corrente pela carga externa. Usamos este tipo de relé para desligar uma carga externa ao fazer uma corrente percorrer a bobina do relé.

- Contatos NA e NF ou Reversíveis

Os relés podem também ter contatos que permitem a utilização simultânea dos contatos NA e NF ou de modo reversível. Quando o relé está com a bobina desenergizada, o contato móvel C faz conexão com o contato fixo NF, mantendo fechado este circuito. Energizando a bobina do relé o contato C (comum) passa a encostar no contato NA, fechando então o circuito.Podemos usar este tipo de relé para comutar duas cargas.

O incrível ouvido do Dexista


Crédito da matéria: Adalberto Azevedo publicado em radioescutas@yahoogrupos.com.br


Pois o ouvido do dexista é nada mais, nada menos que um instrumento de trabalho, e um respeitável instrumento.Se vocês se recordam, nos antigos filmes de Farwest, era comum a cena de um índio colocar o ouvido no chão e depois informar:"São seis cavaleiros vindo do lado sudeste, quatro cavalos, uma égua e um burro, sendo que um deles está sem uma ferradura... e são um baio, um alazão, dois malhados e dois pretos."O ouvido do dexista é, tal como o do indio aqui citado, um sensível instrumento de captação.E isso ocorre por um pequeno detalhe que muitas vezes foge á avaliação das pessoas que procuram se inteirar deste assunto.Enquanto um instrumento eletro-mecânico ou eletrônico, apresenta uma medição precisa daquilo que é fornecido a ele, o ouvido do dexista, apresenta uma medição precisa até daquilo que muitas vezes aparenta não ser levado a ele; o dexista consegue medir o "inaudível".Pode parecer estranha esta afirmação, mas não deixa de ser verdadeira, pois a realidade mostra que o ouvido dexista ouve aquilo que o réles e normal ouvido humano não consegue ouvir. A diferença entre o ouvido e o instrumento é que a informação do instrumento é captada pedla visão e transmitida ao cérebtro enquanto que nosso ouvido, ligado diretamente ao cérebro faz esta transferência da informação captada pela audição. E sabemos que a visão é uma grande fonte de enganos para nosso cérebro. Aí estão as ilusões de ótica e o trabalho dos mágicos que não nos deixam mentir. É por isso que, em minha opinião, todo aquele que pretende se tornar um dexista, deve comprar, por primeiro um receptor bem ruim, com baixa sensibilidade e de preferência com uma péssima seletividade.Conectado a este receptor, o neo dexista, deverá colocar uma antena mal isolada, fora das medidas da faixa que pretende ouvir e de preferência com um cabo de baixada com emendas (mal feitas) e utilizando cabo coaxial e linha aberta, sem qualquer balum de acoplamento.Isso sim será o melhor instrumental de treinamento para ele.Portando um sistema de captação assim, ele terá condição de iniciar pelos ruído sem ter condições de captar áudio limpo de zoeira e fading.Com isso irá familiarizar seu ouvido ás diversas variações que um mesmo tipo de ruido pode apresentar, vai distinguir até a sua cor. E quando falo que ruido tem cor, vocês não podem duvidar, face o famoso "ruido branco" tão conhecido de todos ... e mesmo o "ruido Branco"possui (como todo dexista sabe), diversas matizes diferentes: Ruido branco claro, Ruido Branco mais escuro e por aí vai... Este tal de noise ... tem hora que "noise" deixa loucos ...Mas como de médico e loucos todos nós temos um pouco, não podemos dar importância a isso e sim utilizar esta fatia de "loucura" em nosso proveito, nos momentos onde temos de achar o "inachável".O ouvido do dexista consegue fazer isso.Pois é este maravilhoso instrumento, que permite-nos fazer escutas, onde a esmagadora maioria, portadoras de ouvidos não treinados, não consegue.Na grande maioria das vezes, realizar uma escuta dexista é identificar e separar o único grão de areia de cor diferente em uma praia.O ouvido do dexista, consegue "enxergar" a mais tênue variação de tensão num sinal de RF, variação esta que não seria detectada pelo mais perfeito micro-voltímetro eletrônico. Utilizei micro-voltímetro no exemplo, mas se fosse um nano-voltímetro o até pico-voltímetro a frase continuaria verdadeira.Aqui em Barbacena, tinha um amigo (faleceu recentemente) , radioamador, que era completamente cego.O Marcão, como o conhecíamos era uma pessoa que nos surpreendia diariamente, com a independência que sua audição lhe dava.Ele, que foi a pessoa que me ensinou de Dbase ( quando eu tinha preensões de aprender alguma coisa de programação de computadores) , saia sozinho de Barbacena e viajava á Belo Horizonte, fazia compras por lá e retornava sem nenhum incidente. Para não dizer que não existem exceções á esta regra, ocorreu sim, uma vez, quando ele caiu dentro de um bueiro destapado, perto da rodoviária de Barbacena. Mas como ele mesmo explica, isso ocorreu porque ele exagerou na cerveja antes de viajar, e assim, aumentou o número de variáveis contra si. E contava o caso de maneira hilariante, rindo-se da cena inusitada de um cego dentro de um bueiro. Mas, cito o Marcão, por ser um exemplo bem destacado da capacidade de evolução e treino que o nosso ouvido por ter.Mais de uma vez estive com ele, num ônibus, conversando e, de repente, ele me falar: "...bem Adalberto, o papo está bom, mas tenho de saltar no próximo ponto." E eu ficava imaginando, como é que ele, conversando comigo, num torvanilho de ruidos do ônibus, do trânsito, do papo dos demais no ônibus; conseguia detectar o local certo onde deveria descer.O nosso ouvido é assim. Capaz de prodígios dos quais nem fazemos idéia, pois somos escravos de um outro sentido que é a visão. A visão, nos faz ficar preguiçosos em utilizar os recursos de nossa audição á fundo. Não nos deixa ouvir mais e treinar este nosso maravilhoso órgão de captação.É por isso que até hoje, fecho os olhos para melhorar o poder de captação de uma determiana escuta ou ao para afzer a melhor avaliação possível do código Simpo que de devo anotar no LOG.Pensar que fazer escuta em condições adversas é algo fácil, que se adquire com pouco tempo; é uma grande mentira. Todos nós sabemos como nos cansa, ficar por um longo período, com fones de ouvido, captando ruidos. Cansa a mente...Mas, é a unica maneira de treinar o ouvido."Afinar o ouvido", para ser mais preciso.E é somente com um "ouvido afinado" que se consegue extrair aquele ID quase imperceptível do meio de um furacão de ruidos diversos.O ouvido afinado faz o dexista diferir uma emissora de outra pela "entonação do audio", que o ouvido não treinado "dirá": que audio ?Fiz esta reflexão, somente para imbuir os amigos, que ora desejam trilhar o caminho do dexismo; que esta tarefa não é uma coisa muito fácil, que se consegue sem algum sacrifício. Mas também, informar que é algo ao alcance de qualquer um que tenha junto consigo as seguintes condições:Desejo real, dedicação cega e persistência completa. Sem isso não nasce um dexistga verdadeiro.. . poderá quando muito ser um pseudo dexista, com algumas escutas até significativas. Mas será verdadeiramente um dexista, quando for colocado á prova, ouvindo em OM, um "!@zxe$5v^#df" , que se origina num transmissor da europa e então, fechará os olhos, sentirá o ouvido decodificar com precisão e anotará na folha de Logs a emissora captada e identificada com exatidão.Mas, não pensem, os senhores, que com esta minha fala sobre o dexista, estou valorizando o seu trabalho, em comparação com o radioescuta. ..Para mim, ambos tem a mesma importância e valor.Ao fazer o que faz, o dexista está apenas cumprindo a sua obrigação de dexista, pois isso é o básico que ele precisa para realizar o seu trabalho.
Um abraço a todos,

Adalberto

Barbacena-MG

Indutores




Todo condutor percorrido por uma corrente elétrica cria em torno de si um campo magnético de intensidade proporcional à intensidade da corrente. Se necessitarmos aumentar a intensidade do campo magnético sem aumentar a intensidade da corrente basta enrolar uma ou mais espiras (voltas de fios) em torno de um núcleo, que pode ser de ar, ferro ou ferrite (limalha de ferro com material aglutinante). A principal função de um indutor é impedir a mudança de um sinal elétrico tanto no sentido quanto na amplitude. Indutância é a capacidade de armazenar campo magnético em um condutor (bobina) percorrida por uma corrente elétrica. A indutância é medida em Henry (H) e seus submúltiplos mais utilizados são mili Henry (mH) e o micro Henry (mH).
Valores disponíveis em laboratório:
1uH - 1,5uH - 2,2uH - 2,7uH - 2,7uH - 3,3uH - 3,9uH - 4,7uH - 5,6uH - 6,8uH - 8,2uH - 10uH - 15uH - 18uH - 22uH - 27uH - 33uH - 39uH - 47uH - 56uH - 68uH - 82uH - 100uH - 120uH - 150uH - 180uH - 220uH - 270uH - 330uH - 390uH - 470uH - 560uH - 680uH - 820uH - 4mH - 5mH - 50mH
Existem choques de RF que se assemelham a resistores e outros que são semelhantes a pequenas caixas azuis. No primero caso, o valor pode ser obtido através do mesmo código de cores dos resistores. No outro caso, o valor vem escrito no componente.
Código de cores para indutores
Cor
Valor
Tolerância
Preto
0
---
Marrom
1
1%
Vermelho
2
2%
Laranja
3
---
Amarelo
4
20%
Verde
5
0,5%
Azul
6
0,25%
Violeta
7
0,1%
Cinza
8
---
Branco
9
---
Ouro
0,1
5%
Prata
0,01
10%

PT7ARQ - Raquel de Queiroz


Raquel de Queiroz
fala sobre o radiomadorismo em sua crônica publicada na revista "O Cruzeiro" de junho de 1962. A autora foi radioamadora: PT7ARQ.
CORUJA
Raquel de Queiroz
Bem, é o que sou. Não a propriamente dita, mas em linguagem de radioamador. Pois coruja é o radioamador ouvinte, o que não tem transmissor e liga o receptor em casa, para ficar ouvindo as conversas dos outros. Divertimento barato, aliás. Não precisa sequer ter-se um receptor de alta categoria: basta um pequeno transistor desses japoneses, de contrabando, acrescentado de uma antena de nove metros de fio de aço de pescador. O importante, além disso, é que o transistor tenha faixa de onda de 40 metros, que é por onde se manifestam os radioamadores da rede local. O mais é constância e paciência.E penetra-se num mundo de que não suspeita o simples cidadão, acostumado a escutar apenas as emissões comerciais de TV e "broadcasting"; pululando a nosso redor, insuspeita, mas permanente e ativa, funciona em volta do mundo todo uma imensa rede de estações de rádio, manipuladas por radioamadores que estabelecem pela Terra inteira uma cadeia de comunicações, muito mais eficiente que os serviços públicos, oficiais ou particulares. A boa vontade é o seu lema, a solidariedade humana a sua obrigação. Quem viu aquele filme francês "Si tous les gars du monde", pode fazer uma idéia do fenômeno . E não se trata de conversa de fita de cinema, não; é assim mesmo daquele jeito que eles se comportam, da Noruega ao Congo, de Ver-o-Pêso à Vigário Geral.Um radioamador é assim uma espécie de cruza entre escoteiro e "santo" de sessão espírita; do escoteiro tem a mania de bem servir, de não deixar passar um dia sem realizar um ato de bondade, muitos atos de bondade. Do espírito tem a faculdade de baixar no terreiro da gente a uma simples evocação, e ainda por cima servir de "cavalo" para qualquer mensagem de importância grande ou pequena, que você queira transmitir ou receber. Pois para que a mensagem seja transmitida, não precisa sequer que o interessado escute o apelo de quem chamou: há sempre um colega serviçal que escuta, toma nota e passa adiante, feito atleta com o fogo simbólico.Os radioamadores que se encontram diariamente a uma hora certa, em grupo, formam o que se chama na gíria deles uma "rodada" . Pode ser das cinco às sete da manhã, de uma às três da tarde, de dez à meia-noite, a rodada não deixa de funcionar, nunca. É só procurá-la na freqüência habitual e lá estarão eles, com os companheiros do éter, a "assinar o ponto", a bater papo, a comentar as marcas, as excelências e os defeitos técnicos das respectivas transmissões, enchendo lingüiça até que apareça o que eles consideram "serviço sério": recados de urgência, mensagens, comunicados de falecimento, de doença, de nascimento, de viagens, de mudanças; promoção de encontros de famílias ou amigos separados; um de Pará de Minas outro de Barra do Corda, trocando comunicados afetuosos ou urgentes, que "Mamãe foi operada. e esta passando bem", que "a festa das bodas de ouro é terça-feira, sem falta, veja se vem mesmo!" E o dono da estação de rádio é o médio. Num país onde os telégrafos tão pouco funcionam o os correios ainda menos, calcule-se o valor dessa comunicação. O que uma troca de telegramas pediria, no mínimo, alguns dias - e isso em lugar onde haja telégrafo - o radioamador resolve num quarto de hora.Creio que a rodada mais famosa do Nordeste é o chamado o "Cafezinho da Manhã", que funciona diariamente das cinco e meia às sete e engloba uma rede de radio- amadores que vai da Bahia ao Maranhão, com incursões por Minas, Pará ou até onde for a onda de 40 metros. Seu criador e animador é o "Caboclo Xavante" das tabas ao "Queixeramobim", que em geral dirige a rodada, dá a palavra a quem de direito, mantém a disciplina da reunião, faz, como eles dizem, "a roda rodar".É homem extremamente cortês, que pode estar apressadíssimo para "dar o pirulito", mas não dispensa os cumprimentos à Labre, à escuta oficial, aos colegas, de um em um, incluindo os "familiares", sem esquecer a "rede regional de corujas", da qual faço parte .Mas, sendo assim disciplinador e comandante da rodada, responsável peIo seu tom permanente de cortesia e boa camaradagem , deixa de ser o seu tanto galhofeiro, e está sempre pronto a zombar das conhecidas franqueza ou estrepolias de uns e outros, da submissão dos "barrigas brancas ", das indiscrições de algum "cavalo de cão", e insinuar maliciosamente às esposas na "coruja" as possíveis peraltagem dos maridos em viagem ... Nunca o vi em carne e ossos, mas é pessoa que trago no coração; conheço-lhe a voz entre dezenas, é realmente espírito familiar e benéfico, desses que, nos terreiros, são chamados de "guias ". O outro comandante do cafezinho o é mesmo mandante do seu direito, alta patente Militar e importante função oficial; mas para nós, é, simplesmente, "o Chaguinha ". Esse conheço de longe, é um velho amigo dos tempos em que a gente pensava que podia consertar o mundo com discursos e boletins, um dos mais eficientes e prestativos da rodada . Perde horas do seu tempo precioso importante para um recado, tranqüilizar uma mãe aflita, conseguir um avião que traga um enfermo de algum lugarejo distante, obter a vacina. Dantes era mestre em broncas, especialmente contra os mal educados que invadem a freqüência, abafando a voz dos colegas e atrapalhando as rodadas: agora, não sei o que he deu, está muito manso. Os anos de cidade e as funções oficiais não lhe alteraram a fala típica de sertanejo e a sua sertaneja paixão por saber notícias de chuva. Ah, se soldado pode ser flor, está, ali, uma. Outros membros do cafezinho são da mais variada procedência, padre e juiz, dona-de-casa, general, moço rico, pequeno funcionário, comerciante, fazendeiro, até bispo! Tem de tudo ali, reunidos todos numa só fraternidade, tratando-se por você, ninguém querendo ser melhor do que os demais. Com o truque nemonico, usam uma espécie de pseudônimo tirado das iniciais dos seus prefixos: é o "velho fazendeiro", "cabloco serrano "(não falei que eles parecem gente de terreiro? Até essa mania de se chamarem "caboclos". , ). Um mais lírico, diz-se "Viva o nosso lar ". Outro se chama "xadrez-lamparina". E tem o Zé Calado", e um meio maldizente a quem os colegas apelidam de "língua danada" . Usa, além disso, uma gíria particular, em que expressões técnicas e jargão familiar se misturam. Tratam-se entre si por macanudos. Um recado é torpedo; automóvel é pé de borracha, mulher é cristal; dar sinal no meio da conversa dos outros é dar uma bicorada; falar ao microfone é modular, e ter estação forte que abafa todo o mundo é ser tubarão etc. etc. Mas parece que, em conversa de radioamador, é proibido falar em negócios, em política e em dinheiro, regra a que eles obedecem com fidelidade. Exceção feita em casos e que aludir a dinheiro é indispensável - preço de material de rádio, de premente necessidade de alguém distante que lembra a mesada ao pai ou o numerário para uma emergência; eles, então, usam metáforas mais ou menos transparentes, como "quilociclagem", "combustível", "manteiga". E assim servem e alegrar o mundo, "fazendo a roda rodar", benza-os Deus.

birdsong_ radio_




Uma estação de rádio digital que transmite o canto de pássaros gravado em um jardim britânico surpreendeu seus proprietários e virou sucesso na Grã-Bretanha, segundo um artigo publicado no jornal Daily Telegraph.
Meio milhão de ouvintes já sintonizaram a estação e um número crescente de pessoas está incorporando a emissora à sua rotina matinal, despertando ao som tranqüilo dos pássaros.
Os proprietários - a companhia DigitalOne - avisam, no entanto, que o empreendimento é temporário, já que o formato não comporta intervalos comerciais, e deverá ser substituído por uma emissora comercial assim que surja uma candidata.
Nesse meio-tempo, no entanto, a companhia cedeu à pressão de ouvintes que queriam melhor qualidade de som e melhorou a gravação.
A audiência já lançou duas campanhas na internet para impedir que a emissora, chamada Birdsong, saia do ar.
A estação usa uma freqüência ocupada antes pela emissora falada OneWord, que saiu do ar no início do ano.
Ela inicia transmissões às seis da manhã e toca uma gravação de vinte minutos que é repetida continuamente até meia-noite.
Um ouvinte conseguiu identificar 12 tipos de pássaros na gravação, entre eles uma andorinha.
Outro fã da emissora disse que ela lhe traz segurança e tem um efeito relaxante.
O editor da revista especializada britânica The Radio Magazine, Paul Boon, disse ao Daily Telegraph que a popularidade da estação se deve exclusivamente ao boca-a-boca.
Boon disse que a revista tem recebido telefonemas de leitores que ligam apenas para dizer o quanto estão gostando da estação Birdsong.
Glyn Jones, diretor de operações da DigitalOne - empresa que controla a rede comercial de emissoras digitais na Grã-Bretanha - disse que a rádio Birdsong ganhou parte da audiência da antiga dona da freqüência, que era de 159 mil ouvintes por semana.
De lá pra cá, a emissora conquistou outros 340 mil ouvintes, disse Jones ao Daily Telegraph.
A gravação foi feita pelo presidente da DigitalOne, Quentin Howard, no jardim de sua casa, em 1991, para ser usada como trilha sonora em uma peça de teatro amador.
Howard disse que fica orgulhoso com o sucesso da gravação, mas explicou que a rádio não funcionaria como empreendimento comercial.
"Ela não está programada para fazer dinheiro, já que tem de funcionar ininterruptamente" , disse.

O inventor da Ponte de Wheatstone


Sir Charles Wheatstone
(1802 - 1875)

Créditos da matéria:www.dec.ufcg.edu.br/biografias
Cientista talentoso e versátil, homem de negócios, professor e físico inglês de Gloucester, conhecido por seus trabalhos, pesquisas e publicações sobre com eletricidade, popularizado pela invenção da Wheatstone bridge, a Ponte de Wheatstone, um equipamento para medições acuradas de resistência elétrica e largamente usado em laboratórios. Filho de um fabricante de instrumentos, logo jovem tornou-se respeitado quando demonstrou as condições da reprodução sonora (1821) e tornou-se professor de filosofia experimental no King's College, London (1834), onde porém só se tornou lecturer anos depois (1840). Associando-se com William Cooke, consagraram o uso do telégrafo elétrico, uma idéia original de Francis Ronalds, utilizando-o pioneiramente na estrada de ferro Londres-Blackwall (1838). Casou-se (1847) com Emma West e foi pai de cinco crianças. Construiu o primeiro gerador com excitação separada (1845). Na juventude também inventou instrumentos musicais, incluindo a concertina (1818), e publicou livros no assunto harmonia musical. Eleito fellow da Royal Society (l836), Cavaleiro da Legião de Honra (1855) e sócio estrangeiro da Academie des Sciences (1873), morreu em Paris, durante uma visita de consultoria telegráfica à França, e foi enterrado no Kensal Green Cemetery. Experimentou com a fotografia estereoscópica, inventou o estereoscópio e teve uma participação importante no desenvolvimento das comunicações telegráficas. Embora não reivindicado a invenção do circuito que mais tarde veio a receber o seu nome, foi certamente o pioneiro na exploração do mesmo para fazer medidas de resistências

O Dia Nacional das Comunicações


Créditos da matéria: (Texto extraído e adaptado da publicação "Projeto Três Momentos da História das Telecomunicaçõ es no Brasil", de autoria do jornalista Ethevaldo Siqueira.)

Há 52 anos, o dia 5 de maio foi instituído como o Dia Nacional das Comunicações. Nessa data, em 1865, uma grande figura das telecomunicações brasileiras nascia em Mimoso, perto de Cuiabá (MT), doze dias antes da fundação da União Telegráfica Internacional, hoje União Internacional de Telecomunicações: o marechal Rondon. Rondon foi batizado com o nome de Cândido Mariano da Silva. Adolescente ainda, para não ser confundido com um homônimo de má reputação, passou a adotar o sobrenome Rondon. No dia em que completou noventa anos, em 1955, Cândido Mariano da Silva Rondon foi promovido ao posto de marechal, por indicação unânime do Congresso Nacional. Por decisão do Ministério das Comunicações e do Serviço de Comunicações do Exército, passou a ser homenageado como Patrono das Comunicações do Brasil. Descendente de índios terenas, bororós e guanás, Rondon sempre foi o maior defensor dos indígenas brasileiros. "Morrer, se preciso for. Matar, nunca" - era o lema do brasileiro que ganhou maior projeção e reconhecimento internacionais por sua vida, inteiramente dedicada à exploração pacífica, humanitária e civilizadora dos trópicos. Ao longo de sua vida, o marechal Rondon chefiou diversas missões demarcatórias de fronteiras e percorreu mais de 100 mil quilômetros de sertões, por rios, picadas na floresta, caminhos toscos ou estradas primitivas. Descobriu serras, planaltos, montanhas e rios e elaborou as primeiras cartas geográficas de cerca de 500 mil quilômetros quadrados, até então totalmente desconhecidos dos registros nacionais. Essa área equivale ao dobro da área do Estado de São Paulo e é maior que a da França. Organizador e diretor do Serviço de Proteção ao Índio, antigo SPI e hoje FUNAI (Fundação Nacional do Índio), Rondon nunca permitiu que se cometesse nenhum tipo de violência ou injustiça contra os mais legítimos donos das terras descobertas por Cabral. Afinal, Rondon era um deles. "Os índios do Brasil", propunha o marechal Rondon, "arrancados à voraz exploração dos impiedosos seringueiros, amparados pelo SPI em seu próprio hábitat, não ficarão em reduções, nem em aldeamentos preparados. Assistidos e protegidos pelo governo republicano, respeitados em sua liberdade e independência, nas suas instituições sociais e religiosas, civilizar-se-ão espontaneamente, evolutivamente, mediante educação prática que, por imitação, recebem". Eis aí a visão humanista desse pioneiro. Em 1912, Rondon foi promovido ao posto de coronel, depois de ter pacificado os índios das tribos caingangue e nhambiquara. O Congresso Universal das Raças, bem como o 18º Congresso Internacional dos Americanistas, reunidos em Londres, e a Comissão Parlamentar de Inquérito, instituída para apurar as atrocidades praticadas contra os índios peruanos às margens do rio Putumayo, apelaram para os países que contavam com populações indígenas em seus territórios, concitando-os a adotarem os métodos protecionistas seguidos pelo Brasil, por iniciativa de Rondon. Em 1913, ganhou medalha de ouro "por trinta anos de bons serviços" prestados ao Exército e ao Brasil. Acompanhou o ex-presidente Theodore Roosevelt numa expedição de mais de 3 mil quilômetros pelos sertões de Mato Grosso e Amazonas. No ano seguinte, a Sociedade Geográfica de Nova York conferiu a Rondon o Prêmio Livingstone, medalha de ouro, por suas contribuições ao conhecimento geográfico. A mesma Sociedade Geográfica de Nova York determinou a inclusão do nome de Rondon, em placa de ouro, ao lado dos de outros grandes descobridores e exploradores da Terra: Pearry, descobridor do Pólo Norte; Amundsen, descobridor do Pólo Sul; Charcot, explorador das terras Árticas; Byrd, explorador das terras Antárticas; e por fim Rondon, o maior estudioso e explorador das terras tropicais. Condecorado e premiado por governos estrangeiros e dezenas de entidades internacionais, representativas das ciências e da paz, Rondon se tornou uma dessas raras figuras que atingiram em vida, no mais elevado grau, o nível de respeito e prestígio por sua obra gigantesca. Mas por que, pergunta o leitor, ele se torna o Patrono das Comunicações? Por contribuições de grande relevância. De 1890 a 1916, Rondon participou das Comissões de Construção de Linhas Telegráficas do Estado de Mato Grosso, que interligaram linhas então já existentes do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Triângulo Mineiro à Amazônia (Santo Antônio do Madeira). Não paira a menor dúvida de que este foi o primeiro esforço de grandes proporções para a integração nacional por meio das comunicações. Foi o próprio Rondon quem escreveu, em seu estudo "Índios do Brasil", edição do Ministério da Agricultura, Conselho Nacional de Proteção aos Índios, publicação n.º 98, volume II, página 3: "Ao terminarem os trabalhos desta última comissão (1916), havíamos dotado Mato Grosso de 4.502,5 quilômetros de linhas telegráficas (...)".Só no período de 1907 a 1909, Rondon percorreu 5.666 quilômetros ao construir linhas telegráficas e, ao mesmo tempo, realizar o levantamento cartográfico da região que forma o atual Estado de Rondônia - nome dado em sua homenagem por sugestão de Roquete Pinto -, numa área de mais de 50 mil quilômetros quadrados, cruzando rios, picadas, serras, chapadas, trilhas e estradas só transitáveis por carros de boi. Às suas linhas telegráficas, os índios deram o apelido de "língua do Mariano". Rondon a elas se referia com entusiasmo, usando a expressão "sondas do progresso". Roquete Pinto dizia que o marechal era "o ideal feito homem". O presidente Theodore Roosevelt afirmava que Rondon, como homem, tinha todas as virtudes de um sacerdote: era um puritano de uma perfeição inimaginável na época moderna; como profissional, era tão grande cientista, tão vasto era o conjunto de seus conhecimentos, que se podia considerá-lo um sábio. (...). A América, dizia Roosevelt, pode apresentar ao mundo duas realizações ciclópicas: ao norte, o Canal do Panamá; ao sul o trabalho de Rondon - científico, prático, humanitário. Desse pioneiro brasileiro, disse Paul Claudel, poeta francês e embaixador da França no Brasil: "Rondon, esta alma forte que se interna pelo sertão, na sublime missão de assistir o selvagem, é uma das personalidades brasileiras que mais me impressionaram. Rondon dá-me a impressão de uma figura do Evangelho."Cego e enfêrmo nos últimos meses de vida, Cândido Mariano da Silva Rondon morreu num domingo, 19 de fevereiro de 1958, uma tarde ensolarada, de céu azul, em Copacabana. Recebeu a extrema-unção, voltou-se para seu médico, à cabeceira, e disse: " Viva a República! Viva a República..."Foram suas últimas palavras, após 92 anos de vida inteiramente dedicada à pátria, aos índios e às comunicações.

Como ocorre o efeito "fading" na recepção


A força do sinal depende da fase entre as duas ondas (celeste e terrestre): como as mesmas têm caminhos diferentes, pode acontecer que se ache em contra-fase, no lugar da recepção, cancelando-se, portanto, parcialmente; por outro lado, caso estejam em fase, adicionam-se às amplitudes. Como as camadas ionizadas não são constantes, variará a defasagem e, conseqüentemente, a amplitude do sinal, sendo essa variação denominada de "fading". Poder-se-ia deduzir que durante a recepção à grande distância não poderia haver "fading", por não existir mais, nesse caso, a onda terrestre, ou, pelo menos, ser muito pequena a amplitude da mesma. Nesse caso, porém, podem interferir as diversas ondas celestes, em que todas percorrem caminhos diferentes e, portanto, não possuem fase idêntica provocando assim o "fading".

O Código Morse


Samuel Morse (1791-1872) foi o inventor do código com o seu nome. O código Morse representa os caracteres através de "pontos" e "traços" correspondendo estes a impulsos elétricos, resultando de sinais acústicos ou luminosos de uma certa duração. Assim, e tomando o ponto como unidade, este tem a duração de cerca de 1/25 seg. sendo um traço idêntico a 3 pontos. O espaço dos sinais da mesma letra é de um ponto. Entre duas letras o espaço é de três pontos (ou um traço ...) e entre palavras de 5 pontos.

A propagação e os radioescutas


Créditos da matéria:dxclube@yahoogrupos.com.br

Olha, eu não sei lhe responder todas estas informações, por um simples lógica, se ficar procurando as mesmas detalhadamente não vou praticar a radioescuta no inverno, período que mais gosto.
Acredito que algum colega poderá fazer isto.
Mas uma coisa eu sei e que aprendi nestes 18 anos de radioescuta que o inverno é apropriado, haja vista, por alguns detalhes de observação.
Temos menos dias de sol, então as camadas refletoras da ionosfera que deverão atuar à noite e alongam um pouco mais durante o dia. As bandas baixas são exclusivas para DX a longa distância no horário noturno.
Durante o verão existe muita estática no ar, ruídos ocasionados pela carga de íons positivos ou negativos que o proprio tempo cria pela ação do calor, efeito estufa, etc.
No inverno isto diminui e principalmente durante às noites frias.
Eu particularmente tenho um amigo radioamador, que praticou muito dx em banda baixas, como 160 metros ( 1800-1850 Khz banda de radioamamdor) e que lhe rendeu um diploma internacional reconhecendo- o como único na Amércia do Sul.
Estes ensinamentos me foram passados por ele desde 1993, quando tive os primeios contatos com o Alencar Aldo Fossá, e que ainda hoje pratica muito a recepção em banda baixa.

Não sei se consegui lhe responder, mas aí está.